Como resistir às distorções impostas pela ilusão de poder pintadas por um cargo público?
Acredito
que você e eu já vimos e vemos, aqueles ou aquelas que são 'humildes', antes de
assumir um cargo, mas viram bicho, fecham a cara, e passam a se achar maior e
melhor que os outros. Os poderes públicos estão cheios de pessoas que tratam o
público como o privado, que não entendem ser a maior virtude das funções
públicas, o servir.
Há
respostas que a vida se encarrega de dar, cedo ou tarde para aqueles que passam
a maior parte do tempo, com o nariz empinado e exercendo o poder de dar ordens.
Mas, o poder tem uma magia incrível, ele infla, dá a sensação de que se pode
tudo, mas quando se retira o tapete que segura tais pessoas no ar, fica
evidente, que ser simples e educado, respeitoso e comedido ao exercer o poder,
talvez seja a melhor maneira de viver a vida. Afinal, o poder é resultado de
conquistas ao longo da vida, pois de mãos vazias se nasceu e de mãos vazias
deixará a experiência terrena.
Saber
servir e praticar esta virtude ao longo dos dias no exercício das atividades
públicas, é um dos desafios daqueles que lá estão. Entender que se estar
investido no cargo para administrar um patrimônio público é uma tarefa que deve
perpassar, primeiro às consciências das pessoas, depois aos sentimentos, em
seguida às ações e posteriormente à prática, por meio das ações diárias.
Se, eu e
você ainda não conseguimos chegar à esta condição, que pelo menos possamos
saber que esta virtude, servir, existe. Que agora possamos nos sensibilizar com
o outro, que precisa dos nossos trabalhos, para que logo depois, seja feito o
ato final, que é transbordar a consciência e os sentimentos nos atos reais que
a vida nos exige.
Julimar
Pereira da Silva, Jornalista.
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